Sem Fru-Frus nem gaitinhas o mesmo será dizer que se lixe o «politicamente correcto»... Let the show go on!!!!

01
Jul 09

Sou vaidosa. Mas acho que não sou exageradamente vaidosa, sou uma «vaidosa - q.b.».
Há coisas materiais que me provocam felicidade e alimentam também este «vaidosa-q.b.», mas que de todo fazem de mim uma grande vaidosa ou materialista (isto soou a pescadinha de rabo na boca).
São pequenas coisas que conseguem geralmente afastar as nuvens negras do dia-a-dia, aquelas nuvens que não sendo densas, deixam-nos muitas vezes um docinho amargo na boca e aquela disposição de cão.
 
Um anel… acho que está no topo dessas coisas, adoro anéis originais, daqueles que fazem as pessoas perguntarem «Princesa tens a certeza que gostas disso???», mas que irremediavelmente não passam despercebidos aos olhos de ninguém. É uma chatice porque os anéis originais/diferentes são caríssimos e andamos em contenção de custos e protecção do tesouro real.
 
Gosto de malas! Ok na verdade adoro malas, também gosto de óculos de sol…e gosto de sapatos… e mais umas coisinhas etc e tal…mas não quero maçar ninguém com os meus «gostos».
 
Isto para vos contar que no outro dia passei por uma montra e vi umas sandálias, não tinham nada de especial, pretas, salto alto (10,5 cm) … fiquei a pensar nelas, mas não comprei.
 
O que é certo é que passados uns dias estando eu em casa a «sofázar» (acto de me esticar lânguidamente no sofá) e assim um pouco com «disposição-de-cão», quando vejo as sandálias a desfilar à minha frente…
 
Pensei:   Elá, isto é uma premonição! Princesa levanta esse teu rabinho real do sofá e vai  à loja buscar as sandalinhas!
 
E lá estavam elas à minha espera. O meu estado «disposição-de-cão» foi-se assim num ápice num estou-e-agora-já-não-estou…
 
Bom, o que é certo é que no dia seguinte está claro que as calcei e lá fui eu altíssima para o meu emprego, com algumas notas mentais, tal como colocar-me ao lado do meu colega de 1, 90 m ( e tal)…para o olhar de uma nova perspectiva.
 
No trabalho todos deram pela mudança, não sendo eu uma mulher baixa, com mais 10,5cm de altura, claramente foi notória também a mudança de perspectiva para quem me olhava.
 
Entre muitas brincadeiras, gozos, expressões de incredulidade de algumas colegas que não passam de saltos de 2,5cm, sobre como me iria equilibrar nos sapatos… o que é certo é que as minhas «sandalinhas» foram comentadas e apreciadas. E está claro que a secção do meu ego-da-vaidade foi assim gulosamente alimentada.
 
Chegou a hora de almoço e lá saímos o grupo usual dos almoços.
 
Eu no topo dos meus saltos de 10,5cm comportava-me como uma Princesa…e lá ia prepotentemente, glamourosamente, vaidosamente e fantasticamente equilibrada nas minhas sandálias. A corroborar perante as minhas colegas como era fácil andar em cima daqueles saltos (e na verdade não era complicado, são até bastante confortáveis).
 
Esse foi precisamente o meu erro esqueci-me de avaliar o meio envolvente e não avaliei os riscos. Basicamente esqueci-me do piso e que andar na nossa calçada portuguesa não é de todo o mesmo que passear pelas ruas de Manhattan (só depois de palmilhar aquelas ruas percebi como raio as fulanas da série do sexo e cidade se equilibravam tão bem nos saltinhos …)
 
Assim a meio do percurso, ainda com um sorriso nos lábios a perspectivar o sucesso das minhas «sandalinhas», dou comigo a enfiar um dos pés num dos buracos da nossa calçada portuguesa. Lembro-me de gesticular no ar num gesto desesperado de encontrar um braço, uma mão, um ombro amigo e depois no ultimo segundo de desespero antevendo a queda, a tentar encontrar qualquer coisinha consistente que me permitisse evitá-la…mas foi em vão! Os 10,5 cm de saltos cederam e dei comigo de gatas no chão!
 
Ora, trabalhando no centro de Lisboa, sendo aquela a hora de almoço de milhares de pessoas, digamos que a situação só por si já seria constrangedora. Mas o pior para além dos milhares de pessoas que por ali passavam e que me viram de gatas, foi as interessantes trocas de frases que ocorreram por parte dos meus colegas enquanto ainda me encontrava de gatas:
 
- Então pá atiras-te assim para o chão??!!! (colega-gajo)
 
-Magoaste-te Princesa, deixa-me ajudar-te???!!! (colega-gaja-amiga)
 
-Ainda bem que te sabes equilibrar nos andarilhos ahahaha (colega-gaja-amiga-invejosa-que-só-usa-sabrinas)
 
-Já há muito que não te espalhavas hemmm??? (colega-gaja-amiga-a-que-já-me-viu-espalhar-montes-de-vezes)
 
-ÓOO Princesa então não conheces aquela, ajoelhou…(vários-colegas-gajos-amigos-aparvalhados-interrompidos-a-tempo-por-um-olhar-irritado-meu).
 
Restou-me avaliar o cómico da situação, lançar uma gargalhada, levantar-me elegantemente, sacudir o pó das calças e fingir que nada aconteceu ( e que o meu ego-da-vaidade em nada foi beliscado).
 
É claro que fingir que nada aconteceu não foi de todo possível, todos os dias os meus colegas fazem questão de mo lembrar à hora do almoço enquanto nos dirigimos para o restaurante!!!!
 
@Um resto de uma boa semana
publicado por PrincesaVirtual às 22:34
sinto-me:

comentários:
É de mim ou a partir de hoje a chacota da queda não virá só dos teus colegas? Aliás, tiveste sorte em não ter passado nenhum paparazzi... Não é todos os dias q vemos uma princesa... de gatas...
Fernando a 1 de Julho de 2009 às 23:57

É de ti...é de ti... :D

Bjs

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