Sem Fru-Frus nem gaitinhas o mesmo será dizer que se lixe o «politicamente correcto»... Let the show go on!!!!

03
Mar 09

 

 

Um sorriso na cara ou uma gargalhada, dos genuínos em que não há apenas expressão facial, mas também expressão corporal…Foi o que me aconteceu hoje antes das nove horas da manhã.
 
Hoje de manhã como em muitos outros dias, quando cheguei ao carro despejei apressadamente o meu computador, as minhas maças e o meu casaco para a bagageira.
 
Iniciei o meu percurso normal até ao trabalho, ouvindo a rádio comercial (ou RFM), cantarolando algumas musicas que iam passando e rezando para que o trânsito fluísse rapidamente.
 
Estava a chegar ao último túnel perto do Saldanha e «block»… Tudo paradinho! 
 
Ouvia os locutores na rádio comercial a comentarem sobre nomes estranhos e  lembrei-me de um ex-colega que trabalhava comigo cujo apelido era «Bagina». Recordo-me que quando ele casou com uma ex-colega, o que eu me divertia a pensar na M. como a Sra. M. Bagina. O mais engraçado era imaginar a M. numa repartição pública a soletrar o seu nome…
 
Estava eu com estes pensamentos e a sorrir paradinha no túnel, quando pela minha visão periférica vejo bastante movimentação do meu lado esquerdo.
 
Voltei a cabeça e vejo um carro atulhado, abarrotado de trolhas…que se movimentavam (acenando-me) alegremente para mim…
 
Pensei, ai a minha vida! Não me faltava mais nada…cambada de trolhas! (e a porcaria do trânsito que não avançava…)
 
Foi quando um abriu o vidro do carro e gritou qualquer coisa na minha direcção, apontando para a bagageira do meu carro. Nem me atrevi a baixar o vidro, tentei antes ler nos lábios e ouvir os gritos do homem.
 
Confesso que comecei a ficar preocupada, pensei meu Deus tenho um FURO ou então perdi alguma peça IMPORTANTE do carro.
 
Com algum esforço da minha parte, consegui completar a leitura de lábios (desconcentrava-me ver aqueles homens todos a olharem para mim e a rir) por fim percebi que tinha a ponta do meu casaco de fora da bagageira.
 
Fiz sinal ao trolha que tinha percebido…e rapidamente avaliei o «benefício/custo» de sair do carro e ajeitar o meu «rico» casaco.
 
Naaaaa…isso colocaria aqueles sorrisos idiotas na cara dos restante condutores masculinos, quase que lhes podia ler a legenda do sorriso a passar em rodapé «Pfffff…só podia ser uma mulher!».
 
Como tal, agradeci fazendo gestos e falando devagar para permitir que o trolha me conseguisse (também ele) ler os lábios, e isto porque o meu vidro pelo sim, pelo não mantinha-se fechado. Assim através desta nova comunicação de mimica, disse que parava mais à frente para ajeitar o casaco. Voltei-me atentamente (apressadamente) para a frente, enquanto por fim (para meu alivio) os carros se moveram e andámos mais uns metros, deixando os meus amigos «trolhas» lá atrás…
 
Uma nova paragem (dentro do túnel), ainda não tinha colocado o travão de mão, quando alguém me batia no vidro.
 
Pois é…lá estava o meu amigo trolha a bater-me no vidro, com um sorriso enorme e a carrinha cheia de trolhas ao meu lado com as portas abertas e todos eles a sorrirem (também) para mim…
 
Mais uma vez nem desci o vidro e demorei uns segundos a perceber o que ele queria…não foi preciso ler nos lábios, agora já o ouvia perfeitamente, ele gritava:
 
«-Destranque o carro!!!!» e gesticulava para a minha bagageira.
 
Obedientemente (sem pensar muito no assunto e  a sentir o constrangimento da situação) fiz o que ele me pedia.
 
Assim o meu amigo trolha, abriu-me a bagageira, retirou o casaco, dobrou o casaco, ajeitou o casaco na bagageira, fechou a bagageira, lançou-me um grande sorriso e voltou para o carro…
 
Soltei uma valente gargalhada enquanto pelo espelho retrovisor controlava os movimentos do meu amigo trolha (e confesso que  também confirmava se ele não levava o meu computador na mão!).
 
Desci (por fim) o vidro e lancei para aqueles trolhas simpáticos o meu melhor sorriso e um obrigado.
 
Apesar de ter sido um momento constrangedor e de todos os condutores dos carros em meu redor se estarem a divertir com a situação, não deixou de ser um momento único.
 
O mais engraçado é que em situações (caricatas) em que me senti em apuros, foi sempre um destes homens, que teve a amabilidade de me ajudar…curioso!

 

Uma Optima semana para todos :)

 

P.S.  A Princesa aconselha a que não destranquem o carro sobre constrangimento! A não ser que seja o «Clooney» a bater no vidro, ai sim ele que roube o que quiser :D

publicado por PrincesaVirtual às 11:43
sinto-me:

comentários:
Epá.. oh Prinçusa... só contigo mesmo pá!

e tu.. bem mandadinha, destrancaste o carro! Baixar o vidro é que não.. mas destrancar o carro tudo bem!


LLLLLOOOLLLLLLLLOOOOOOOOOLLLLLLLL
Aragana a 3 de Março de 2009 às 14:16

Opá e logo eu que ando sempre com o carro trancado...não achei que houvesse perigo...mas de facto...

Olha até acrescentei um P.S ao post...não vá começar a receber aqui queixas de pessoal que começou a destrancar os carros a trolhas ehehehe :P

Ena Princesa!!! Olha que esse trolha aí de fio dental à mostra não é nada de deitar fora...

Fartei-me de rir com este episódio que descreves.

beijinhos

RB
RB a 5 de Março de 2009 às 13:54

Pois...parece que não :D... quanto aos meus trolhas...pois a bem dizer que eram bem TUGAS ...e de qq das formas nem me atrevi a olhar bem, face ao constrangimento da situação e à vontade de me ir dali embora rápidamente.

Beijos RB

Olá Princesa,
Eu ia comentar o texto, mas depois fiz scroll up e apareceu o homenzinho naqueles preparos.......bahhh, perdi a vontade.
1 beijo

A.M.M a 5 de Março de 2009 às 15:31

Então A.M.M?? Qui passa?

Olá, Alteza
Assim rapidamente vou dizer apenas que estava no local errado á hora errada. encontro imediato não com 1 trolha, mas com 1 moço que usava uma coisinha assim dessas ..........cor de rosa. Não foi bonito, nem saudável. Bebi para esquecer.
1 beijo
A.M.M. a 10 de Março de 2009 às 09:01

Ahhhh percebi....não é o fio dental que incomoda é a cor rosa choquiiii...sei!


Querida Princesa:
Que saudades destas crónicas bem humoradas que Vª Magestade escreve. Tenho andado por aqui e por ali principalmente por ali com mil e um afazeres... Os trolhas também são velhos camaradas meus e pensando na sua crónica, sempre que tive que mudar um pneu ou qualquer outro apuro com o veículo motorizado apareceu um destes simpáticos trolhas que me ajudou. Assim com fio dental nunca apareceu... lol,,,
Beijos
Maria Papoila a 9 de Março de 2009 às 16:32

Ahhhh pois é os trolhas são nossos «amigos» eheheh

Princesa,
a tua vida dava um filme!!!!
Ahahahahahhahahahahhaha
Beijinhos
Lurdes a 9 de Março de 2009 às 23:50

Ahhhhh pois dava!! Não sei é se um cómico se dramático

Confesso que me assustei. Aliás, acho que ainda não estou refeito. depois de ler um post onde se fala da dura dicotomia princesa/felinos, eis que me deparo com um post em que a Sra. D. princesa nos revela aquilo que transporta consigo no dia-a-dia citadino. Além do omnipresente PC, li que transporta consigo umas maças... Sim, li bem, uma maças. Embora concorde que o trânsito da urbe seja às vezes uma batalha, não concordo com o uso de maças. Requerem um contacto próximo com o atacado e, amiúde, salpicam a nossa roupa com o sangue de tão violentos golpes. Eu por mim prefiro a boa e velha besta, uma seta certeira, não suja e faz o mesmo efeito...
Enfim, bons tempos aqueles em que as princesas saíam à rua com PC e...maçãs.
Fernando a 16 de Março de 2009 às 22:48

Bem eu levo tb para além do PC e macãs...uma garrafa de àgua!

Ahhh e levo numa caixinha do Guilherme Tell e a sua «besta» :D

Beijos Nandito :)

Ah! Os trolhas são uns homens do caraças...

Eu que o diga que tenho que lidar com eles todos os dias, e no meio de um ou outro mais doido, são pessoas na sua maioria, admiráveis...

Mas só podiam ser simpáticos, sendo também, como eu, homens da obras!!!
O homem das obras a 27 de Março de 2009 às 23:55

Pois nem mais...:)

Bjs Homem das Obras

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