Teve a vida que quis…
Primeiro o curso superior, um emprego de «carreira», depois um carro, uma namorada…aliás várias namoradas.
Depois veio o casório…as fotos sorridentes, o bolo, o champanhe…
Os Filhos…seguiu-se a monotonia do casamento, as primeiras discussões, as muitas discussões…a incompatibilidade.
Ela bateu com a porta. Ele ficou…
Depois teve a casa só para ele, o comando só para ele, a televisão só para ele… os livros só para ele, a casa-de-banho só para ele…e os filhos de 15 em 15 dias só para ele.
Momentos solitários só dele….
Teve tudo…
Até que um dia…descobriu que afinal algo estava mal…
Já não queria a casa só para ele, o comando da televisão só para ele, os livros só para ele…
Descobriu que lhe fazia falta os perfumes «dela» na «casa-de-banho», o soutien pendurado em desequilíbrio numa cadeira, a almofada com o perfume dela.. Descobriu que já não queria os filhos de 15 em 15 dias, que os queria todos os dias…
Descobriu que os momentos de solidão e ócio, se tinham tornado, em momentos de prostração e depressão…
Ele que teve a vida que quis…tinha agora a vida que não queria!
@ Tenho duvidas se será mais ou menos isto que os homens pensam ou sentem sobre a «solidão»…mas de qualquer das formas a solidão só é boa enquanto opção e nunca como imposição…
sinto-me: